Presidente enaltece FFAC e lamenta atual situação: "O futebol do Acre se resume ao Florestão"
Antônio Aquino Lopes reforça que FFAC é única federação do país com estádio e lamenta falta de praças esportivas disponíveis no Acre. Dirigente fala do Legado da Copa e situação do Campo B
Por Redação do ge — Rio Branco, AC
22/03/2024 09h30 Atualizado há 3 horas
O presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Antônio Aquino Lopes, saiu em defensa do estádio Florestão, em Rio Branco, que é de propriedade de entidade, após as críticas recebidas em relação ao gramado, que tem sido castigado pelo excesso de jogos e também pela lama, em dias de fortes chuvas.
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Antônio Aquino Lopes, presidente da FFAC — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Em entrevista à Rádio Difusora Acreana, na última terça-feira (20), o dirigente reforçou que a FFAC é a única entidade do país com estádio de futebol próprio e que a falta de estádios aptos a receber jogos oficiais no Acre tem empurrado a responsabilidade sobre o Florestão.
– Esse é um papel que não é da federação. A entidade não tem que ter estádio, a única federação do Brasil que tem estádio é a nossa, infelizmente. A carga do futebol do Acre está toda sob responsabilidade da federação e a gente lamenta – disse Antônio Aquino Lopes, destacando ainda que a entidade não é responsável por solicitar laudos técnicos dos estádios.
– Tem gestor de estádio do governo, por exemplo, o gestor da Arena da Juruá, cobrando laudo da federação. Isso é um absurdo porque os laudos são solicitados pelo proprietário do estádio e não pela entidade. A federação apenas recebe os laudos – destaca.
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Estádio Florestão, em Rio Branco — Foto: Duaine Rodrigues
O presidente também falou sobre o problema da sobrecarga de jogos no Florestão, principalmente por causa da indisponibilidade da Arena da Floresta, em Rio Branco, e a Arena do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
– Infelizmente, nós estamos pagando um preço muito alto por ter só o estádio da federação pra poder ter futebol. Isso tem um custo muito alto. Nós temos dois estádios do Estado parados e tendo que jogar no Florestão de dois em dois dias, jogos duplos, com chuva ou sem chuva – afirma.
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Antônio Aquino Lopes diz ainda que, apesar das críticas sobre o Florestão, não se arrepende de ter construído o estádio, mas admite chateação com o momento atual do futebol no Acre.
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Arena da Floresta, em Rio Branco, segue em reforma e ainda não pode receber jogos oficiais — Foto: Duaine Rodrigues
– Não me arrependo (de ter construído o Florestão) porque eu faço o que eu gosto, mas é um absurdo você ser responsabilizado por alguma coisa que você não tem o mínimo de responsabilidade. O futebol do Acre se resume ao Florestão. Nós montamos uma estrutura pra poder atender o futebol e isso recai sobre cobranças em cima da federação, enquanto o papel dela é apenas organizar as competições. Infelizmente, no Acre, a federação tem que fazer tudo – finaliza.
Legado da Copa
O projeto para construção de um pequeno estádio de futebol com grama sintética ao lado do estádio Florestão, está com as obras paradas por causa de questões burocráticas, segundo o dirigente da FFAC.
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Maquete do estádio de grama sintética do Legado da Copa de 2014 — Foto: Kelton Pinho
O projeto faz parte do Legado da Copa de 2014, que previa a construção de 15 centros de desenvolvimento de futebol prometidos para estados do Brasil que não receberam jogos daquele Mundial.
– O Legado é um problema de documentação, de exigências da Prefeitura, que quando você atende uma, eles exigem outra – disse o dirigente, que tem buscado avançar no andamento do projeto, que está previsto para ser inaugurado em agosto deste ano.
Campo B
Antes do início do estadual desta temporada, a FFAC anunciou que iria adequar o Campo B, que fica ao lado do Florestão, para receber jogos oficiais.
– Nós estamos trabalhando, mas não é um trabalho que podemos fazer em um piscar de olhos. Estamos fazendo dois vestiários, estamos botando o alambrado, vamos fazer as cabines, dentro daquilo que a norma, a legislação exige pra que tenhamos jogos oficiais. Um trabalho incansável e nos estamos trabalhando pra isso. Já que os clubes não têm, o poder público também não tem, a Federação se sacrifica e faz - diz Antônio Aquino Lopes.